quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Por um Natal sem Jesus

Estamos constantemente tentando incluir Jesus no Natal... Mas, o espírito de Jesus de Nazaré já está lá, na ideia dos presentes que se dão. O consumismo da época tem uma boa causa: não é próprio, é para o outro. Além disso, dá trabalho para muita gente, movimenta a economia, gera muitas ações de solidariedade, enfim, aquele espírito generoso de Cristo é o que impulsiona a festa.

No entanto, o Natal ganhou uma dimensão de universalidade que faz com que da festa participem os não-cristãos. Assim sendo, creio que seria adequado desteologizar o Natal. Quem quiser comemorar o nascimento de Jesus, que o faça uma semana antes, ou uma semana depois - eu participo, inclusive. Não precisa ser no dia 25, data na qual o Natal se impôs como uma festa que transcendeu o presépio.

Esse Natal que comemoramos hoje é uma festa secularizada, que se originou com a celebração do nascimento de Jesus. Se a figura de Jesus foi esquecida ao longo dos anos, a ponto de querermos a todo o tempo reinseri-lo na festa, o espírito dele permanece presente. Mais importante do que falar ou lembrar o nome de Jesus é seguir o exemplo de Jesus - no Natal fazemos isso, em larga escala. Está bom, assim.

Alguns autores estão dizendo que a secularização não é o fim do cristianismo, mas um processo interno dele. Mas, isso já é prosa para um outro post.