Já tentei, anteriormente, esboçar a idéia do perdão ao ser, e não ao fazer - perdoar o outro pelo que ele é. O desenvolvimento lógico desse conceito é o perdão mútuo ao longo do tempo, no passar dos anos.
O perdão pontual normalmente é mais dolorido no momento, mas cria uma forte sensação de leveza a seguir. O perdão "a longo prazo" é um exercício de dor e paciência continuas, tendo como resultado a leveza mais fragmentada.
Para o estabelecimento de relações saudáveis é necessário o perdão do ser, continuamente.
As relações se corroem na medida em que não conseguimos praticar o perdão contínuo. E o beco sem saída se constata quando enfrentamos o fato de que não é possível viver sem estabelecer relações de convivência.
A prisão do ser nesse ciclo que parece sem fim é resultado de um desajuste cósmico, para o qual esperamos a redenção.
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