segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Somente o que for permitido

Kowalski caminhava rapidamente em direção à porta quando um raio queimou o quadro de força de sua casa. A escuridão que tomou conta de sua casa o fez tropeçar no porta-revista que ficava ao lado do sofá, para, em seguida, desabar à frente da escada. A cabeça bateu de leve no primeiro degrau, o suficiente para fazer um galo doído.

Mas, ao mesmo tempo, do outro lado do planeta faltava água em uma pequena ilha da Indonésia.

Quando fazia sua caminhada, na manhã daquele dia, Osmir deu conta de que as mangueiras da capital brasileira já estavam cheias de frutas. Lúcia, que o acompanhava perguntou se ele iria colher algumas para si. Osmir respondeu, com um certo cinismo: só o que for permitido.

A luz não voltou, a água chegou, e as mangas não amadureceram.

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