Os fundamentalistas se esforçam para demonstrar que a Bíblia é infalível, que não há nela erros nem contradições. Publicam livros a esse respeito. Nessa sanha, buscam novas exegeses no hebraico e no grego para encontrar significados para as palavras dos textos que nos confundem. É algo que equivale, mais ou menos, a justificar Deus pelos erros que cometeu ao produzir um livro que deveria ser perfeito.
Esse procedimento leva àquilo que é conhecido como dialética do iluminismo: produz o efeito contrário que se supunha que aquele conjunto de conhecimentos produziria! Isso porque a fé surge em meio às dúvidas, às contradições, às incoerências. Se a Bíblia se estabelece como um livro testado e comprovado contra quaisquer falhas - que é o produto desse procedimento dos fundamentalistas - ela deixa o campo da fé, da espiritualidade, e passa a ser ciência.
Às tentativas de descrédito da Bíblia não podem ser opostas ações que tirem dela seu caráter, sua essência. É bom que Cristo seja mencionado apenas nos evangelhos e somente de maneira vaga em outros livros. É bom que os evangelhos guardem algumas contradições. Pois é esse o ambiente no qual surge a fé.
Eu creio, sem porquês. Simplesmente creio, e fiz de Cristo o Senhor de minha existência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário