domingo, 10 de março de 2013

Jesus e o templo

É pouco provável a presença de Jesus no templo.

Ele lá esteve duas vezes. Na primeira, quando subiu com seus pais para adorar, fez o que pode para impressionar, para aparecer, talvez por causa da idade. Não voltou com sua família para casa depois dos sacrifícios; ficou discorrendo seu conhecimento para impressionar os mestres da lei. Quando encontrado por seus pais aflitos, saiu-se com uma pérola: vocês não sabiam que me cumpria estar na casa de meu pai? Deixou todos calados.

Alguma coisa aconteceu ao longo de um tempo aproximado de vinte anos: Jesus mudou muito, ou o templo mudou muito. De fato, quem mudou foi Jesus. Já maduro, e completamente consciente de sua caminhada, sua próxima visita ao templo não foi lá muito agradável: derrubou as mesas dos cambistas, causando um bom tumulto no local. De quebra, disse que aquele local era um covil de bandidos e salteadores.

Uma terceira história precisa ser lembrada, ainda que não se refira à presença de Jesus no templo. Trata-se da destruição causada quando de sua morte, quando o véu do santuário se rasgou.

Não me parecer ser muito boa a relação de Jesus com o templo, aliás, parece não haver relação. Jesus preferiu caminhar pela cidade, entre o povo, a frequentar o templo. Não sei porque seria diferente hoje. Acho que Jesus não gosta muito do templo, até porque parece que o templo carrega em si esse risco grande de se tornar um local de negócios, deixando de lado as ideias de casa do Pai e casa de oração para todos os povos.

Um comentário:

Limiar da Aliança disse...

Muito bacana, concordo, Jesus Cristo, sempre
Preferiu está com o povo, os necessitados.
Não no conforto do templo.
A casa de Deus somos nós.