Já dá para perceber que estou impregnado de Robespierre e da Revolução Francesa... Nesse momento, comento o conceito tão usado pelo Incorruptível, que, na verdade, o toma de Rousseau. Virtude, para ele, é dom supremo, mediante o qual o ser ama e dedica-se à nação, de maneira desprendida vivendo para todos e não só para si.
A Revolução Francesa é marcada por uma fantástica espiritualidade secularizada. Conquanto um de seus alvos de combate seja o clero, sua convocação desenvolve conceitos e linguagem eminentemente religiosos, na medida em que apela para a conversão do ser. Da Revolução deveria surgir o novo ser humano, virtuoso.
Nessa linha de pensamento, o foco na busca do prazer individual é a antítese da virtude, na medida em que o indivíduo deixa de se importar com o povo para satisfazer desejos pessoais. Ainda que a Revolução não se aproprie da cruz, nada há de mais virtuoso do que ela.
Para pensar, e desenvolver melhor.
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