terça-feira, 17 de abril de 2012

Crise profunda - Isaías 3

Deus, o provedor de Israel, retira o sustento que dá à nação. A situação se tornará tão crítica, e os recursos tão escassos, que não haverá quem deseje governar o país. Aquele a quem sobrou uma roupa é convidado a assumir o trono, que já foi de Davi, mas recusa: ele não é médico - as doenças se espalharam -, e não tem sustento para si e para sua casa.

Como já se viu antes, o povo daquele país afronta seu Deus: "entre o povo, oprimem uns aos outros, cada um, o seu próximo (...) sua língua e as suas obras são contra o Senhor". Pecam contra si mesmos, e fazem mal à sua própria alma. E isso terá consequências graves: "mal lhe irá, porque a sua paga será o que as suas próprias mãos fizeram". Aos poderosos, falta um mínimo de decência: "o que roubaste do pobre está em vossa casa".

Deus diz que oprimir os pobres é uma insanidade: "que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres?"

Intrigante é a causa de Deus contra "as filhas de Sião", as hebreias, que andavam de pescoço empinado, cínicas. Faz uma longa lista de seus apetrechos de beleza para, ao final, vaticinar contra elas um destino terrível: em lugar de perfume, podridão, em lugar de cinta, corda, em lugar de encrespadura de cabelo, calvície.

Os homens iriam morrer, e sete mulheres lançariam mão de apenas um homem.

Cenário negro para a terra corrupta.

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